Se indaga el problema de la explotación técnica del mundo a partir de los pensamientos de Xavier Zubiri y Georges Canguilhem. Se examina el análisis zubiriano de la inteligencia humana y la tesis de Canguilhem sobre la originalidad de la actividad técnica, su relación con la ciencia y su papel en la normatividad del organismo. En ambos autores, el término Umwelt, traducido como “circun-mundo” o medio de comportamiento propio, sirve como base para establecer las posibilidades que tiene la técnica en (...) el desarrollo de nuevas formas de relación con el medio ambiente. (shrink)

Durante los diez últimos años la revista de filosofía Eikasía ha mantenido el tipo, incansable. Empezó con modestia, acogiéndose a un título sobrio: el último de los segmentos (tmêmata) que Platón distingue en la Politéia, donde recomienda: «tô teleutáiô eikasían» (511e), es decir, aplicar, al último segmento, el cuarto e inferior modo de experiencia (páthema). La revista Eikasía propugna la experiencia filosófica a partir de los niveles de la escala inferior, muy lejos del potencial infinito de la eidética y sus (...) cañonazos contundentes. Pero será en el n.º 18 cuando nuestra revista «manifieste» sus intenciones: parametrizar las Ideas que proporciona la actividad humana, la política, la ciencia, los sistemas clásicos y no lineales, relativistas, caóticos o cuánticos… a la escala de la racionalidad humana corpórea. Es decir, la propuesta de un humanismo que «opta por la fertilidad de la razón, por su inacabada tarea», en la confluencia de la legislación de la razón (filosofía mundana) y el arte de la razón (filosofía académica), el humanismo de una humanidad natural, pero no naturalista, el humanismo de una comunidad de singulares que, siendo capaz de abordar las más abstractas cuestiones eidéticas, no tiene él mismo una conformación eidética. (shrink)

We prove strong completeness of the □-version and the ◊-version of a Gödel modal logic based on Kripke models where propositions at each world and the accessibility relation are both infinitely valued in the standard Gödel algebra [0,1]. Some asymmetries are revealed: validity in the first logic is reducible to the class of frames having two-valued accessibility relation and this logic does not enjoy the finite model property, while validity in the second logic requires truly fuzzy accessibility relations and this (...) logic has the finite model property. Analogues of the classical modal systems D, T, S4 and S5 are considered also, and the completeness results are extended to languages enriched with a discrete well ordered set of truth constants. (shrink)

'Estética da contradição' tem como objetivo constituir o corpo crítico da contradição no seio da história da estética em seus mais significativos momentos. O conceito de contradição estética é um universo autônomo, simultaneamente constituído e integrado.

En la sección titulada Irreversibilidad y el Poder de Perdonar en La Condición Humana, Arendt afirma que “el descubridor del papel del perdón en la esfera de los asuntos humanos fue Jesús de Nazaret”. En lo que sigue, quisiéramos aproximarnos al uso antiguo del verbo griego sungignôskô que a nuestro entender cumple el mismo papel que Arendt advierte en esta supuesta novedad cristiana —la “mutua exoneración de lo que se ha hecho”—, no sólo para entender en qué consistiría el descubrimiento (...) que Arendt atribuye a Jesús, sino porque creemos que la idea de que los griegos desconocían la facultad de perdonar es, si no falsa, al menos imprecisa. In the section titled Irreversibility and the Power to Forgive in the Human Condition, Arendt claims that “the discoverer of the role of forgiveness in the sphere of human affairs was Jesus of Nazareth”. In what follows, we would like to approach the ancient use of the Greek verb sungignôskô which, in our opinion, fulfills the same role that Arendt finds in this alleged Christian novelty —the “mutual exoneration of what has been done”— not only to understand what would the actual discovery Arendt attributes to Jesus imply, but because we believe claiming the Greeks were unaware of the faculty of forgiveness is, if not false, at least inaccurate. (shrink)

O NEOCONSTITUCIONALISMO E A CONCRETIZAÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA IDOSA.

La visión de la esen-cia divina constituye para la crea-tura intelectual la culminación de su deificación iniciada en el bau-tismo. Según el Aquinate, el beato contempla a Dios sin ningún inter-mediario puesto que la esencia divina actúa como especie impresa y expresa. Ningún intelecto creado está capacitado naturalmente para ver a Dios, pero puede ser elevado obediencialmente a esta visión debido a la inmaterialidad de su intelecto. La potencia intelectual creada debe ser confortada por el hábito de luz de gloria (...) para ade-cuarse a la sobrenaturalidad del acto beatífico. La visión beatífica implica eminentemente un cono-cimiento especulativo y afectivo, plenificando y rebalsando todas las potencias del beato. (shrink)

Neste ensaio de interpretação, pretende-se dar continuidade à leitura do texto de Marx encontrado na seção VI, do livro III de O capital, quanto à problemática jurídica. Trata-se de leitura específica, ainda que descritiva, dos apontamentos do revolucionário alemão sobre o direito no contexto dos escritos sobre o processo global da produção capitalista. A metodologia de interpretação segue pesquisa anterior que estabeleceu os sentidos do direito no texto marxiano, compreendendo-o como fundamentalmente caracterizado por relações jurídicas que se distinguem de meras (...) dimensões normativas. Relativamente aos avanços alcançados, contempla-se o entendimento de Marx sobre a “forma da propriedade fundiária” que impõe relações específicas nos âmbitos econômicos ou jurídicos. A “representação jurídica” decorre de uma transformação historicamente paralela aos processos de subsunção do trabalho ao capital e da derivação das formas sociais, com início na acumulação originária do capital. Ocorre uma contratualização do acesso à terra, tornada capital por via da noção jurídica específica de propriedade fundiária. Daí se extrai, por decorrência, a renda da terra. Para fins de análise crítica ao direito, ressalta-se a especialização do trabalho agrícola e a superexploração do trabalhador rural, bem como a conformação de tradição cultural do capitalismo no campo que implicam a compreensão de como se opera produção de mais-trabalho a partir da renda fundiária, por isso haver o seu distintivo como transformação de mais-valia em renda. Todas essas noções são fundamentais para se pensar uma crítica marxista ao direito desde a América Latina. (shrink)

O artigo apresenta a defesa kantiana da validade universal dos juízos estéticos, a crítica de Bourdieu ao “gosto puro” e as aporias de sua posição em face da diferença transcendental entre a análise sociológica e a análise filosófica.

This paper critiques the contemporary reliance on linguistic analysis in metaphysics, arguing that it leads to the representational fallacy – a tendency to derive ontological conclusions from linguistic properties rather than from reality. We trace the historical roots of this issue to the Kantian and linguistic turns, which shifted metaphysical focus from ontology to semantics, situating language at the center of the philosophical inquiry. We examine how this fallacy manifests in the debate between A-theorists and B-theorists of time. Both camps (...) rely on Structural Linguistic Representationalism – the assumption that language directly mirrors reality –, presupposing a necessary correspondence between linguistic structures and ontological facts. We argue that this dependence is misguided, as language alone cannot adequately capture the fundamental nature of reality. In addressing this issue, we analyze two approaches within the B-theory of time: the truth-conditions approach and the truthmaker approach. We contend that the truth-conditions approach reiterates the representational fallacy by deriving ontological conclusions from linguistic structures. In contrast, the truthmaker approach presents a more promising framework by shifting focus from language to ontology, grounding metaphysical explanations in the structure of reality in itself. We conclude that the pursuit of an absolute linguistic model to reveal the ultimate nature of reality is unjustified and hinders metaphysical investigation. Instead, we advocate grounding ontological inquiries in reality, using language as a tool rather than a source of metaphysical truth. (shrink)

O pensamento de E. M. Cioran (1911-1995) sempre se pautou pela omnipresença de um pessimismo existencial, em que a noção de queda informa indelevelmente o seu quadro mental. Sendo o exílio ontológico uma das pedras angulares do seu catálogo reflexivo, a tragédia capital, para Cioran, seria uma queda no ser e no tempo, a inescapabilidade da existência que encontra uma particular ressonância num título como Do Inconveniente de Ter Nascido (1973). Não negando a validade destas premissas filosóficas, o presente artigo (...) visa, no entanto, colmatar aquilo que julgamos ser uma lacuna no âmbito dos estudos cioranianos, nomeadamente uma incursão sobre a pertinência, para um correcto entendimento da obra deste autor, da presença do humor e da ironia na sua forma mentis, aludindo ao conceito de profanação explanado por Giorgio Agamben, ao conceito de humor explorado por Julio Cortázar e ao conceito de desastre de Maurice Blanchot. (shrink)

We show that if is not in the field generated by α1,…,αn, then no restriction of the function xβ to an interval is definable in . We also prove that if the real and imaginary parts of a complex analytic function are definable in Rexp or in the expansion of by functions xα, for irrational α, then they are already definable in . We conclude with some conjectures and open questions.

O presente artigo se presta a analisar o verdadeiro sentido de filosofia para Leo Strauss, como a condição de possibilidade de ir além da opinião, alçando o verdadeiro conhecimento. Sendo assim, ela visa responder às questões fundamentais do ser humano, colocando os objetos humanos individuais em relação ao todo, que é a natureza. Uma das formas de responder às questões fundamentais é o direito natural, que, como meta, deve fundamentar as leis e instituições convencionadas na sociedade.

The aim of this paper is to present, in a clear and accessible way, Donald Davidson's anomalous monism. I stress that what distinguishes Davidson's monism from other identity theories of the mind is the conjunction of an identity thesis (viz. the thesis that every mental event is a physical event) with an anti-reductionist argument, according to which there are no strict psychophysical laws.

The aim of this work is to discuss "Darwinism: its past, its present, its future", a lecture given in 1875 by Miranda Azevedo as one of the "Popular Lectures of the Gloria Neighborhood, Rio de Janeiro". In this lecture Azevedo elaborates the concepts of evolution, human evolution, progress and the idea of man as the pinnacle of evolution and the master of the selective laws governing nature. We will analyze the article, published in 1876, that contains the full text of (...) Azevedo's lecture. Of particular importance is his affiliation to Haeckel, something already commented on in Brazilian historiography. But, unlike other studies devoted to the theme, I will examine in detail Azevedo's text, attempting to show how he relates hereditary and selective evolutionary processes to thinking about how future Brazilian generations could progress. (shrink)

Fundamentos de filosofía de la ciencia es una obra de carácter general destinada principalmente a servir de guía a alumnos y profesores en la ensañanza universitaria de esta disciplina, en especial para los estudios de Filosofía, pero también para los de Humanidades y Ciencias Humanas y Naturales. La obra está estructurada en diferentes niveles para facilitar su utilización como libro de texto, tanto en cursos introductorios generales como en seminarios específicos. Aunque el público universitario es su principal destinatario, se ha (...) concebido para que cualquier lector interesado en la disciplina y con determinados conocimientos previos pueda acceder, con provecho, a las diversas partes de la misma. Ha diferencia de la mayoría de introducciones a la Filosofía de la Ciencia, la orientación de esta obra no es histórica sino temática, cubriendo los diferentes ámbitos conceptuales de la disciplina. Su contenido, dado que su finalidad es presentar los fundamentos de la materia, se centra en los grandes temas clásicos de la disciplina. El núcleo temático lo conforma la triada "conceptos-leyes-teorías" en torno a cuyos componentes se presentan los restantes temas: contrastación de hipótesis, medición, explicación, relaciones interteóricas, el problema de la inducción y el cambio teórico. En tanto que introducción general de la disciplina, en esta obra no se pretende ninguna tesis metacientífica o metafilosófica sustantiva, sino exponer de forma clara los principales problemas filosóficos que plantea la actividad científica y discutir las diferentes aproximaciones a los mismos.. (shrink)

Esse ensaio busca pensar a filosofia e o filósofo para o “senso comum” através da análise do caso em que a cantora Valesca Popozuda foi concebida como uma pensadora por parte do professor de filosofia da rede pública, Antônio Kubitschek. Argumentaremos que as críticas são oriundas de um pensamento moderno específico, o qual a filosofia é estruturada inconscientemente a partir dos conceitos de Sagrado e de Campo. Vamos observar também como alguns filósofos acabam por ressoar as concepções, seja para se (...) legitimar ou seja por comungarem do pensamento anteriormente aludido. (shrink)

O propósito deste livro é preencher a lacuna existente no mercado editorial brasileiro no que diz respeito a obras de cunho acadêmico sobre hinduísmo e filosofia indiana. Essa lacuna se reflete, dentre outras, na inexistência de publicações em português que pretendam ir além do mero aspecto introdutório deste que é um dos maiores clássicos da literatura religiosa indiana e mundial: a Bhagavad-gita; também se reflete na inexistência de literatura especializada sobre as várias tradições indianas que têm a Bhagavad- gita como (...) um de seus textos canônicos. -/- Reunindo professores e pesquisadores do Brasil, Israel, Estados Unidos e Reino Unido, este volume apresenta uma visão acadêmica e acessível da Bhagavad-gita centrada em dois aspectos principais: introdução e contextualização da Gita no que se refere à sua história, estrutura e conceitos-chave, de um lado, e análise detalhada de algumas das noções e temas mais relevantes do texto, de outro. Também proporciona visão geral de uma das tradições da Índia - tanto vedanta como vaishava - que mais sofreram influência da teologia e filosofia da Bhagavad-gita: o vaishnavismo gaudiya de Caitanya (1486-1533). -/- O livro encontra-se estruturado em três grupos, ou partes. A primeira, intitulada "Visão Geral da Bhagavad-gita", é composta de dois capítulos e tem como objetivo introduzir o leitor ao Gita como um todo. A segunda, intitulada "Conceitos e Tópicos-Chave da Bhagavad-gita", contém cinco capítulos, cada um centrado na análise de um conceito ou tópico específico da Gita. A terceira e última parte, intitulada "Hinduísmo e Vaishnavismo", é composta por três capítulos e visa apresentar o vaishnavismo, mais especificamente o vaishnavismo gaudiya, situando-o dentro do contexto mais geral do que hoje se denomina hinduísmo. (shrink)

At the beginning of De Visione Dei, Nicholas of Cusa puts us before an icon of the divine glance and invites us to an experimentation – initially surrounded by the metaphorical reflection – of the mystic contemplation. Working with the metaphor of the glance, the Cusano leaves us before the Creator’s look and the creature’s look. In the De Visione Dei, the divine look is creator and lover. The God’s look sees, creates and loves. This way, the present work will (...) look for to meditate on the importance of the glance, seeking in the De Visione Dei a way to relate the multiplicity of the created look with the unit of the creator look. (shrink)

Este artigo apresenta a teoria supervalorativista da vagueza e discute a objecção, que frequentemente lhe é dirigida, segundo a qual essa teoria não consegue dar conta do fenómeno da vagueza de ordem superior.

Trata-se da resenha do livro O tempo e a ocasião, o encontro Espinosa Maquiavel, de Vittorio Morfino.

No presente artigo pretendemos detalhar o papel do conhecimento de si no Les Trois Vérités de Pierre Charron. Por tratar-se de um autor ainda pouco conhecido em nosso país, iniciaremos nosso estudo com uma pequena biografia sua. Isto feito, procederemos a uma análise do status do autoconhecimento nos Ensaios de Michel de Montaigne, mais para demarcar as diferenças do que para assinalar as continuidades existentes entre os dois autores. Na sequência, exporemos a concepção de conhecimento de si charroniana tal como (...) trabalhada no De la Sagesse. Finalmente, dedicar-nos-emos à análise do terceiro capítulo do Les Trois Vérités, onde Charron investiga as causas que levam alguns indivíduos ao ateísmo para, deste modo, libertá-los das amarras que os impedem de abraçar a fé. (shrink)

O trabalho procura revisitar o materialismo histórico, as considerações marxianas sobre a “intimidade burguesa” e, por consequência, suas conclusões sobre a incidência dos imperativos sistêmicos e da lógica do Capital na condução da vida cotidiana. O argumento central do trabalho é que a crítica marxiana à intimidade hipostasiada pela sociedade fundada pelo Capital não está reduzida aos elementos dados a priori por sua teoria econômica, mas sintetiza um percurso teórico impulsionado pela antropologia filosófica presente nos Manuscritos de 1844. Desse modo, (...) o trabalho afirma que, sobretudo porque estabelece uma clara distinção entre natureza e cultura, Marx pôde divorciar-se da moralidade hegeliana e afirmar o caráter histórico, ideológico e contingente das relações familiares. Nesse sentido, será demonstrado que ao afirmar a primazia do individualismo possessivo da família burguesa, o autor identifica o “proprietário privado” e o “marido burguês” - no sentido de que a intimidade burguesa é configurada, antes de tudo, pelo sentimento de apropriação do outro. Por fim, discute-se o modo como essas relações assimétricas são trabalhadas n'O Capital, onde a esfera íntima aparece com uma dupla função: a alimentação material do sociometabolismo do capital e a alimentação moral do sistema. (shrink)

Neste artigo, abordo algumas questões de ordem superior envolvendo o conceito de Deus que surgem dentro de um contexto pluralista: o problema da unidade conceitual, o problema da unicidade de extensão e o problema da homogeneidade/heterogeneidade. Minha proposta para resolver essas questões envolve uma teoria especial híbrida de conceitos, chamada de teoria de conceitos ideais. Argumento que, quando adicionada a uma visão pluralista de conceitos, e formalizada dentro de uma estrutura de mundos possíveis, tal teoria fornece uma resposta satisfatória a (...) esses problemas. A formalização é feita a partir de uma versão específica da Lógica Modal Quantificada Mais Simples (SQML, do inglês Simplest Quantified Modal Logic), e sua apresentação é exclusivamente semântica, mantendo detalhes técnicos a um nível mínimo. (shrink)

Na formulação do Espiritismo, diferentemente das tradições religiosas da época, Allan Kardec sempre se preocupou em apresentar os conceitos espíritas associados às ideias científicas vigentes então, com o objetivo de integrá-lo à cultura vigente. Para ele, as leis do mundo material e as do mundo espiritual têm origem divina. O Espiritismo não deve ser sagrado, pode mudar a partir de novas descobertas, novos fatos reconhecidos. A partir de pesquisa bibliográfica, o artigo aborda os avanços científicos admitidos por Kardec em seus (...) escritos em tópicos antes somente do domínio religioso – como a evolução das espécies, a formação da Terra, a possibilidade de vida em outros mundos, a Lua, a natureza da matéria –, bem como os desenvolvimentos principais desde o século XIX até a atualidade. Esses avanços mostram que Kardec era um homem de seu tempo, mas com visão progressista e aberta a novos desenvolvimentos consolidados. Essa atitude dá indicações sobre como ele desejava que ocorresse o progresso e a divulgação do Espiritismo em todas as épocas. (shrink)

O conflito entre povo e grandes é central na obra de Maquiavel, pois a dinâmica conflitiva entre o desejo do povo, de não ser dominado, e dos grandes, de dominar, ordena o corpo social pela instituição de leis e ordenações. Nessa desunião, Maquiavel reconhece que o desejo do povo é mais confiável e conforme a liberdade, visto que ele recusa a dominação dos grandes e, portanto, não permite que a liberdade seja usurpada. Entretanto, embora o florentino assinale o vínculo entre (...) o desejo do povo e a liberdade, ele não esclarece como o povo produz leis e ordenações em favor da vida livre. Assim, para compreender como a ação do povo reordena o corpo social segundo seu desejo, investigaremos a dinâmica desse humor em seu conflito com os grandes, nos capítulos 4 e 5 do primeiro livro dos Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio de Maquiavel, e em seguida nos dirigiremos ao capítulo 40 do primeiro livro dessa obra, pois nesse momento Maquiavel discorre sobre uma reordenação de Roma que opôs a plebe e os nobres para compreender a ação extraordinária do povo e de seu desejo em sua dinâmica com o desejo dos grandes. Nossa proposta, portanto, é mostrar como o povo reordena a cidade no sentido de uma experiência democrática segundo seu desejo de não ser dominado. (shrink)

Exploro os conceitos de campo e de estado de exceção e tento mostrar como Giorgio Agamben, por um lado, é coerente com sua obra, além de estar certo no diagnóstico do presente, mas, por outro, exagera na desconfiança da real mortalidade do Coronavírus e, também, como este posicionamento do filósofo italiano não serve à experiência brasileira, especialmente quanto à problemática de uma aparente concordância do ministro Araújo do Governo Bolsonaro com seu alerta para o estado de exceção permanente.

En 1588, el jesuita Luis de Molina publicaría su famosa Concordia liberi arbitrii cum gratiae donis, en la cual intenta defender –contra el fatalismo protestante- la libre determinación de la voluntad con respecto a su fin último sobrenatural. Sin embargo, las explicaciones teológicas del P. Molina suponen graves errores metafísicos, particularmente con respecto al concurso general o simultáneo de Dios sobre las causas segundas en las que Dios no obra in sino cum causa, donde la acción de la creatura determina (...) al Creador a producir conjuntamente un efecto. A partir de la Apología de los Padres Dominicos que recoge la doctrina de Santo Tomás acerca de la premoción física, procederemos en la crítica de esta tesis molinista: sólo Dios es Acto Puro y por eso es causa del movimiento actualizador tanto de las potencias naturales como espirituales, pues todo efecto –sea contingente o necesario– depende de la voluntad divina que trasciende todo orden de necesidad y contingencia: de allí que sólo Dios puede mover eficazmente nuestro intelecto y voluntad, y no por eso nuestros actos dejan de ser nuestros y personales. (shrink)

O curso de filosofia deve desenvolver no aluno uma habilidade técnica na interpretação de diferentes modalidades discursivas – análoga ao “exercício de escuta”, no sentido psicanalítico – que lhe permita a experiência da “dominação intelectual”: da posse, ainda que provisória, de uma “língua da segurança” que coloque em “suspensão” os “lugares de conversa ção”. Quebrando a barreira entre os gêneros dos discursos, entre as diferentes disciplinas, e entre os diversos interlocutores, o curso de filosofia – seja na universidade, no ensino (...) médio e mesmo fora dos cursos regulares – poderá, desse modo, estimular a produção de um diálogo intenso, laicizado, entre múltiplos sujeitos de enunciação, contribuindo para a constituição do “espaço público”. Somente assim a filosofia conquistará definitivamente entre nós, sua madureza. (shrink)

Por medio de un lenguaje descriptivo y poético, el autor pretende mostrar partes del testimonio de un prisionero de Auschwitz, Primo Levi, que relata algunas vivencias de un niño, también prisionero, llamado Hurbinek, quien había nacido en los campos de concentración y no sabía hablar. Los demás prisioneros, especialmente un joven llamado Henek, intentan enseñarle algunas palabras. El escrito pretende mostrar cómo el relato de Hurbinek y las historias sobre el despojo del nombre y la identidad de los prisioneros de (...) Auschwitz representan la inhumanidad que no solo se vivió en los campos de concentración, sino que será aquello que se manifestará en el periodo posterior a Auschwitz: la técnica y la industria inhumanas. También se hace presente el contraste con la resistencia que representa Henek al enseñarle el lenguaje hablado a Hubinek, lo que significa la humanidad en contra de la inhumanidad del olvido y la falta de identidad. (shrink)

O artigo examina a “guerra das imagens” na contemporaneidade, a partir da reflexão estética de Jean Baudrillard. Mostra que para Baudrillard a imagem hegemônica na sociedade da simulação total, é o simulacro: imagens planas; sem enigma, sem mistério; sem face oculta; nos termos do autor. Partindo desse diagnóstico, o texto conjectura se nessa sociedade hiper-real, é possível, ainda, produzir uma imagem de resistência, uma imagem que “force o pensamento”, no sentido de Gilles Deleuze. Por fim, afirma-se que é no campo (...) da educação e da produção artística que se pode desenvolver a percepção sensível, de modo a permitir a seleção das imagens, no reconhecimento de suas diferenças. Para tanto, analisa-se fotografias de Nan Goldin, Ana Mariani, e do próprio Jean Baudrillard; além de videoinstalações, entre outras obras. (shrink)

In the “Commentary on the First Epistle of St. John”, in a specific fragment of the text in which the focus is the Donatist controversy, Augustine states that despite the fact that love is an unavoidable norm for the true Christian life, in case of witnessing an action unjust, the Christian cannot passively accept such an act. However, in that same text, in another context, a kind of resignation is defended as proof that the Christian is in fact living a (...) Christian practice permeated by the love of God. In De civitate Dei Livro XIX, in “On the customs of the Catholic Church and the Manicheans”, and in other works, the same paradox persists: if on the one hand the Christian philosopher recognizes that even living in intense pain and suffering it is possible to conform and finding peace, a possible peace before the situation, on the other hand, defends that it is not fair for a man to submit to another since we are ontologically equal, therefore, apparently not encouraging eupathy in this unfair situation. Thus, our goal in this communication is: to investigate how we can understand the relationship between love and resignation, and whether both concepts can be applied to situations of flagrant injustice experienced or witnessed. (shrink)

This paper argues, and poses a critical discourse on the true extent of the professional activity of the Local development as catalysts for social development of the population, in the application, development and implementation of active employment policies at Local. First, we present an approach to the concept of social policy, stressing the importance of combining their dual, both economic and social, demonstrating the level of local action as the most suitable for reducing the current unemployment situation. Secondly, based on (...) the results of a case study of the region of Valencia La Ribera Alta, exposing a decalogue of findings that show the major shortcomings in the existing social model of local development. (shrink)

The article intends to analyze Nietzsches concept of conscience (Gewissen), in order to show its connection to the will to power. This relation inscribes in its interior, as derived from it, the bad conscience (schlechtes Gewissen), and thus opens a phenomenological horizon of interpretation of the will to power.

O ensaio tentar realizar um exercício hermenêutico de explicitar os sentidos de tempo que surgem no poema O tempo o homem, do poeta paraense Max Martins. Neste ensaio, as premissas interpretativas partem sobretudo do pensamento do filósofo paraense Benedito Nunes, tendo, no horizonte a Ontologia fundamental de Martin Heidegger, mas também de outros pensadores, como Giorgio Agamben. Além disto, o horizonte hermenêutico deste ensaio alcança um dos poetas que marcaram determinantemente a poesia de Max Marins, que foi seu amigo Mário (...) Faustino. Assim, o problema central desta investigação ensaística é a busca por saber o sentido dos tempos Ampulheta, Era, hera e Hora. A hipótese é que o aporte hermenêutico fenomenológico desenvolvido por Benedito Nunes para a relação dialógica, de “transa”, entre poesia e filosofia, viabilizada pelo que chamou de “passagem para o poético” (Kehre), oferece a tese de que o poema de Max Martins é um poema sobre o próprio poetar e sobre a “aventura” enquanto “evento” (Ereignis) da Hora que o artista faz. (shrink)

Em sua “Analítica do belo”, Kant frequentemente se antecipa ao problema da “Dedução dos juízos estéticos puros”, mesclando a investigação sobre as condições sob as quais um juízo de gosto pode ser considerado um juízo puro com a justificação de sua pretensão de universalidade, como ocorre no §9, no qual discute se o prazer antecede ou sucede o ajuizamento do objeto. Essa questão é apontada como “a chave da crítica do gosto” porque sua resposta já coloca em evidência o que (...) é afirmado a priori num juízo de gosto. (shrink)

Meu propósito aqui é jogar alguma luz sobre duas perguntas: “Em que sentido a lógica éfilosófica?” e “O que é lógica filosófica?”. Tomo essas duas questões como sendo coextensivas: umaresposta à uma delas é também (ou pode ser facilmente transformada em) uma resposta à outra.Tentarei trabalhar a partir de três perspectivas: uma perspectiva conceitual, uma descritiva e umaprescritiva. Sendo mais específico, tentarei responder às seguintes perguntas: (i) Em que sentido alógica pode ser tomada como filosófica? (ii) Em que sentido a (...) lógica tem sido tomada como filosófica?(iii) Em que sentido a lógica deve ser tomada como filosófica? Para tanto, analisarei trechos pontuais decinco obras nos quais determinada significação é atribuída a expressão “lógica filosófica”. Asignificações elencadas são então objetos de análise crítica: tento avaliar quais dessas alternativas nãose sustentam como respostas satisfatórias à (iii). O resultado dessa análise é então utilizado como pontode partida para minha própria resposta à questão (iii). (shrink)

Uma das mais difusas dicotomias ainda presentes no discurso jurídico contemporâneo é a noção de Público e Privado. Essencial ao Liberalismo Clássico, essa dicotomia, revela agora sua crise. Esse artigo, em respeito às suas raízes existencialistas, posta suas lentes desconstrutoras nessas noções, para encontrar por trás delas o homem real (demasiadamente humano). PALAVRAS-CHAVE – Público. Privado. Discurso. Existencialismo. Pós-Modernidade. Humanismo. Arqueologia.